A Lagoa dos Barros é um patrimônio ambiental de valor inestimável, e todo o trabalho realizado na ETE de Osório pela Corsan foi projetado para preservar e proteger esse recurso hídrico.
Durante os anos em que a estação esteve paralisada, o despejo de esgoto in natura causou impactos ambientais e sanitários que colocaram em risco a qualidade das águas e a saúde da população. A retomada do funcionamento da ETE representa a superação desse cenário, com a adoção de práticas modernas e sustentáveis no tratamento de esgoto, reforçando o compromisso da Corsan em oferecer soluções responsáveis para o saneamento e para a qualidade de vida das comunidades onde atua.
É por isso que a volta da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Osório marca um avanço concreto para a preservação ambiental e a saúde pública no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Após um investimento de R$ 20 milhões, a Corsan entrega um sistema modernizado, dotado de tratamento terciário (uma etapa avançada de limpeza, que garante a remoção de elementos como fósforo e nitrogênio) e equipamentos de ponta, garantindo que os efluentes tratados atendam rigorosamente aos padrões ambientais exigidos pela legislação e assegurando que retornem ao meio ambiente com qualidade controlada para proteger ecossistemas delicados como a Lagoa dos Barros.
É natural que questões envolvendo recursos ambientais sensíveis gerem debates e preocupações. Contudo, é essencial que esses debates se baseiem em fatos reais, informações técnicas verificadas e processos respaldados pela ciência. O lançamento dessa água tratada no manancial ainda não está acontecendo, portanto não há como relacioná-lo a qualquer eventual impacto ambiental. Neste momento, a ETE passa por uma etapa de preparação interna – que inclui testes para adequação da dosagem de produtos químicos, troca de motores da estação e ajustes de equipamentos – para que o efluente possa ser adequadamente tratado e destinado ao ponto licenciado para recebê-lo.
Também é importante reforçar que a autorização para o funcionamento da ETE foi concedida mediante o cumprimento integral de uma legislação extremamente rigorosa, como deve ser quando falamos de preservação ambiental. Todos os processos de monitoramento da ETE serão acompanhados por profissionais especializados, com análises frequentes e relatórios transparentes, assegurando os padrões de qualidade do trabalho realizado pela Corsan. Esse compromisso, carimbado por documentos e estudos prévios de alto padrão técnico, embasaram a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que reflete a análise técnica minuciosa da FEPAM atestando a conformidade da estação com as exigências ambientais. Ignorar esse fato é desrespeitar não apenas a legislação vigente, mas também o trabalho de órgãos reguladores e especialistas comprometidos com o meio ambiente.
A gestão ambiental da Corsan é reconhecida por sua transparência, e estamos abertos a auditorias e diálogos técnicos que busquem sempre a verdade com base em dados concretos. É fundamental lembrar que, durante os doze anos em que a ETE permaneceu inativa, cerca de 47 mil pessoas tiveram seu esgoto doméstico devolvido in natura ao ambiente, impactando diretamente a qualidade da água e a saúde pública. Paralisar novamente o funcionamento da estação significaria perpetuar esses danos ambientais e comprometer o futuro do Litoral Norte.
A Corsan apoia medidas que fortaleçam a preservação da Lagoa dos Barros e o uso sustentável de seus recursos. Para tanto, é preciso desmistificar discursos baseados em especulações e posicionamentos políticos que ignoram os benefícios comprovados da operação da ETE.
Nosso compromisso é com soluções técnicas, a proteção do meio ambiente e a qualidade de vida das comunidades que atendemos. A ETE Osório simboliza essa responsabilidade, transformando desafios em oportunidades para construir um futuro mais sustentável e saudável para o Litoral Norte. Combater a desinformação também pode ser vital para proteger o futuro.
Samanta Takimi, diretora-presidente da Corsan