Cenas de pavor, gritos, choros e orações tomaram conta dos poucos alunos, funcionárias e professoras que estavam na Escola Estadual Professor Jovelino Theodoro quando começou o temporal.
Era exatamente meio dia e dez minutos e quem relata com exclusividade para a FOLHA PATRULHENSE o que aconteceu naquele horário é a diretora, professora Leandra Guadalupe Adam Guimarães:
“No momento do temporal haviam poucos alunos na Escola porque já havia terminado o turno da manhã, e os alunos já haviam saído da Escola.
Os ventos fortíssimos chegaram por volta de 12h10min.
As professoras, funcionárias e alunos que estavam na Escola, se abrigaram na Sala da Direção e apavorados, aterrorizados, vivenciaram momentos horripilantes de muito medo.
Escutavam o barulho das tesouras e telhas sendo arrancadas e arremessadas para cima de outros telhados e para o pátio da Escola inclusive por cima de veículos, causando prejuízos. Foi muito assustador!
Todos rezavam pedindo a proteção de Deus, mas graças a Deus, ninguém se feriu!”
CENAS DE EXPLOSÃO
O que foi visto depois do curto temporal, foi como se tivessem sido jogadas bombas no prédio: pedaços de telhas, tesouras amontoadas no pátio e imediações.
A professora Lupinha, como é mais conhecida a diretora, fez um vídeo, relatando emocionada e não conseguindo segurar as lágrimas, o que aconteceu, mas manifestando fé em Deus de que a querida Escola seria reconstruída.
“Após o episódio do vendaval, a Escola sofreu sérios danos, passou por vistoria dos órgãos competentes e foi interditada para conserto e reformas.
O Governo do Estado, órgão mantenedor da Escola, está tomando as providências. Desejamos que a recuperação da Escola aconteça o mais rápido possível”, disse a diretora ao mesmo tempo em que assegurou que as aulas voltaram à normalidade a partir de ontem (30/10), no Salão Paroquial da Catanduvinha.
VISTORIA
O Coordenador de Educação da 11ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação), Osório, visitou a Escola no dia do episódio para realizar a primeira vistoria e imediatamente, acionou a 18ª CROP (Coordenadoria Regional de Obras Públicas) para também fazer a vistoria e a elaboração do laudo técnico da Escola.
O laudo de interdição já ficou pronto e será encaminhado para a SOP (Secretaria de Obras Públicas do Estado do RS) que analisará o laudo e tomará as devidas providências.
SOLIDARIEDADE
Gestos de solidariedade, seja por meio de ligações telefônicas e pessoalmente, começaram a chegar à direção da Escola instantes após as postagens de Lupinha, emocionando a todos pelo carinho e preocupação com o que estava acontecendo.
ASSEMBLEIA
Segunda-feira (28), à noite, aconteceu uma assembleia com autoridades e comunidade para avaliar a situação e determinar a transferência temporária das aulas para o salão paroquial de Catanduvinha enquanto perdurarem as obras de recuperação do prédio.
“Foi lindo e emocionante”, disse a diretora ao se referir ao apoio da comunidade que compareceu em peso ao encontro.
A assembleia foi realizada com a presença de autoridades da 11ª CRE, o vice-prefeito Marcelo Gaúcho e demais convidados para tratarem da interdição da Escola em virtude do temporal de quinta-feira passada (24).
Após diálogo, troca de ideias e debates, a assembleia decidiu e votou no sentido de que as aulas poderão acontecer no Salão Paroquial de Catanduvinha, com a 11ª CRE se comprometeu em dar segmento no processo burocrático para a realização das obras.
“A Comunidade Escolar agradece imensamente ao Sr. Presidente do Salão da Catanduvinha, Gilmar Fredolin Borba e a toda a Comunidade de Catanduvinha pelo nosso acolhimento! Muito obrigada! Cuidaremos de tudo com muito zelo!
Agradecemos a presença e o apoio de todos, neste momento tão delicado, difícil e desafiador, mas temos a certeza que juntos vamos vencer e construir uma Jovelino melhor e mais forte! Deus abençoe a todos! Gratidão!” finalizou a diretora, sendo aplaudida pelos presentes.
