A APROFURG – Seção Sindical ANDES/SN emitiu o seguinte comunicado sobre a adesão dos docentes da FURG à greve iniciada pelo servidores de universidades e institutos federais do RS. Os técnico-administrativos paralisaram atividades há um mês, enquanto os professores ainda divergem sobre a adesão. Eis o texto da APROFURG:
Aprovada na manhã de segunda-feira (08/04), por tempo indeterminado, em Assembleia Permanente, com ampla maioria, a greve da categoria docente da FURG e do IFRS – campus Rio Grande. Com a decisão, todos os campi da FURG entram em greve. A votação ocorreu de forma organizada e com salva de palmas dos professores e das professoras para a decisão favorável ao movimento, que reúne a categoria em prol da luta pela educação.
Para a presidenta da APROFURG – Seção Sindical do ANDES – SN, Marcia Umpierre, a aprovação significa uma vitória e representa a força da categoria docente em reivindicar seus direitos, melhores condições de estrutura, de trabalho e com olhar para a educação pública. “Se existe Universidade pública, é porque este sindicato, enquanto APROFURG, enquanto ANDES Sindical Nacional vem há mais de 40 anos defendendo e lutando em prol de uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada”, explicou.
Ainda durante a assembleia, a professora lembrou “eu quero a Universidade com 15 mil alunos, e não com 8 mil alunos. A gente não expandiu a FURG e os IFs para ficarem com as vagas ociosas. Nós queremos que os/as professores/as, independente de onde estejam trabalhando façam ensino, pesquisa e extensão. O nosso trabalho vai muito além da sala de aula”, disse.
Diante da falta de diálogo do governo, a aprovação da greve representa a última instância possível para os/as docentes na tentativa de que tenham suas reivindicações atendidas. Entre as exigências essenciais para a manutenção do trabalho dos/as profissionais da educação estão: a necessidade de concursos públicos para os docentes e para os técnicos administrativos, a recomposição salarial, a melhoria das estruturas nas Universidades e nos Institutos Federais, a aquisição de insumos e equipamentos. A ampliação dos orçamentos das Universidades e dos IFs é uma realidade urgente e necessária para evitar ainda mais o sucateamento da educação.
ENTENDA
O 42º Congresso do ANDES-SN, realizado entre 26 de fevereiro e 1 de março, aprovou a construção da greve nas instituições federais de ensino e do setor da Educação, no primeiro semestre de 2024, rumo à greve unificada do funcionalismo público federal.
O estado de greve foi aprovado em 20 de março dando o início ao movimento que tem como propósito melhorias nas condições da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do IFRS – campus Rio Grande para a comunidade acadêmica. Em âmbito local, a Assembleia de quarta-feira (03/04) integrou o primeiro momento previsto no calendário de construção de greve, aprovado na Assembleia do dia 26 de março.
O Comando Local de Mobilização da APROFURG entregou na sexta-feira (05/04), às 14h, ao reitor Danilo Giroldo da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a notificação de deflagração da greve docente. O diretor geral do IFRS – campus Rio Grande, Carlos Fernandes Junior, recebeu a notificação da deflagração da greve docente na sexta-feira (05/04) às 8h30.
ESTUDANTES ADEREM À PARALISAÇÃO
Por sua vez, o Diretório Central de Estudantes da FURG também aderiu à paralisação, publicando nas redes sociais uma conclamação para que os colegas se integrem à greve dos técnicos e docentes.
EM SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA
Em Santo Antônio da Patrulha também há adesão à greve por parte de técnicos, professores e estudantes. No entanto, nem todos estão paralisados, continuando a trabalhar.
Contudo, enquanto perdurar o movimento grevista as aulas estarão suspensas, uma vez que nem todos os alunos se farão presentes nas salas.
