Corpus Christi teve este ano procissão pela manhã

O mês de maio, que esteve repleto de sobressaltos em virtude das fortes chuvas que se prolongaram durante todo o mês, influiu também numa celebração tradicional: a de Corpus Christi.
Com procissões sempre realizadas no período da tarde, este ano foi antecipada para a manhã, acontecendo às 10 horas.
Com celebração presidida pelo padre Adalberto Lumertz Borges, mais uma vez vivemos a comemoração do “Corpo de Cristo” na paróquia Santo Antônio. Diferente de outros anos, desta feita a cerimônia e procissão foram realizadas pela manhã, com início às 10 horas.
O tradicional tapete feito com serragem colorida e que sempre enfeita a Rua Padre Isidoro Reska (Rua da igreja que desemboca na Avenida Borges), não deixou de ser desenhado, mas no interior da Igreja Matriz. A celebração e a procissão foi presidida pelo pároco Pe. Adalberto Lumertz Borges.
Quem nos conta é nosso colaborador e historiador Jaime Nestor Müller:
“A procissão saiu da Igreja Matriz, tomou a rua Isidoro Rescka, entrou num pequeno trecho da Borges de Medeiros até rua Marechal Floriano, e indo pela rua Cel. José Maciel até o interior da igreja.
Esta tradição do tapete aqui em Santo Antônio da Patrulha, já tem por volta de 11 anos e ele é confeccionado pelo Grupo de jovens da Família Semeando, da Paróquia Santo Antônio, e a cada ano que passa o mesmo é de uma beleza ímpar. Mais uma vez parabéns ao grupo de jovens da paróquia”.

TRADIÇÃO VEM DO SÉCULO 12

Segue o relato de Jaime Müller: “A festa de Corpus Christi foi estabelecida na Bélgica pelo Papa Urbano IV, no século XIII, em 1264, para ser celebrada na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade – que ocorre no domingo após ao de Pentecostes.
“Corpus Christi”, em latim, significa “corpo de Cristo”. Trata-se de uma festa móvel católica que celebra o milagre da transubstanciação. Para o catolicismo, Cristo se transforma no pão (a hóstia), que se torna seu corpo, assim como o vinho se converte em seu sangue. A festa é uma das mais tradicionais procissões católicas em Portugal e foi trazida para o Brasil pelos colonizadores, no século 16.
O costume de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. No sul do Brasil, chegou com os imigrantes açorianos. Nas cidades que preservam a tradição, é comum ornamentar as ruas por onde passará a procissão com um tapete desenhado com serragem tingida, palha, borra de café, areia e grãos.”

Colaboração: Jaime Müller
Fotos: Folha Patrulhense e Jaime Müller

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