Teve início na semana que passou no Fórum de Santo Antônio da Patrulha, a instrução relacionada com o processo relacionado com o homicídio praticado em 2 de junho do ano passado na localidade de Evaristo contra o empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, morto à tiros desfechados por dois homens.
Na primeira fase foram ouvidas oito testemunhas da acusação de um total de 13. Nesta sexta-feira (12) serão ouvidas as demais de acusação.
Já para o dia nove de maio está previsto para serem ouvidas 10 testemunhas da defesa dos dois réus, bem como o interrogatório dos réus.
As primeiras testemunhas ouvidas, na maioria policiais que participaram da investigação, confirmaram em Juízo os elementos coletados que apontam os dois réus como autores do homicídio, que estão sendo acusados de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse de arma de fogo.
PARA RELEMBRAR
Conforme a denúncia feita ainda no ano passado pelo Ministério Público de Santo Antônio, através da Promotora de Justiça Graziela da Rocha Vaughan Veleda, os dois indivíduos (sogro e genro), praticaram o homicídio definido como triplamente qualificado (motivo torpe para assegurar a impunidade de outros crimes e recurso que dificultou a defesa da vítima), além de ocultação de cadáver.
O empresário mineiro mantinha sociedade com o denunciado em questão na venda de carros, mas começou a desconfiar das suas atitudes, decidindo vir ao Sul para conversar e esclarecer a situação.
Decidido a matar o então sócio, o denunciado, conforme consta na denúncia, convidou o genro para auxiliá-lo no crime, tendo para tanto comprado em uma ferragem duas pás, uma enxada, dois pares de luvas e três metros de lona preta para a empreitada.
Em seguida o denunciado convenceu o empresário a ir até uma propriedade rural supostamente para ver um carro de propriedade da vítima. Em um determinado ponto, Samuel foi assassinado com vários disparos de arma de fogo, tendo o corpo sido enrolado em uma lona e abandonado à beira de um pequeno barranco, sendo localizado alguns dias depois após denúncia anônima.
Ambos foram presos, continuando recolhidos ao sistema carcerário à disposição da Justiça.
