Centenário do Clube Recreativo Patrulhense

Teresinha Bier relembra alguns momentos marcantes do CRP

Uma das patrulhenses que melhor conhece a história do mais antigo clube social da cidade é, sem sombra de dúvidas, dona Teresinha de Jesus Benfica Bier.
Ela recebeu há poucos dias em sua residência para recordar alguns momentos marcantes do Clube Recreativo Patrulhense, palco de eventos memoráveis ao longo dos cem anos daquela sede social, registrados no ano passado.
Não houve programação para marcar a data, em virtude da pandemia, mas é nossa intenção, através de personagens da época, resgatar um pouco de sua história. Esta, é uma das matérias para lembrar a história desse tão querido clube social naquela época.
Em 1920 os integrantes do lendário Grupo do Amor Perfeito se reuniam para encontros sociais e daí nasceu a ideia de fundação do clube.
E foi assim que começou a história desta tão tradicional entidade social que hoje, infelizmente em função da pandemia, não tem registrado eventos, em virtude da impossibilidade de aglomerações sociais.

PRESTÍGIO
O Clube era o orgulho da época, porque se constituía numa entidade muito valorizada e prestigiada, não apenas pela sociedade patrulhense, como também pelos visitantes.
As festas, o baile do arroz e os carnavais de outrora são relembrados com saudade pelos mais antigos.
Como afirma Teresinha Bier, eram acontecimentos muito bons que atraiam muitas pessoas, não só de Santo Antônio, mas de outros municípios, como Taquara, Gravataí, Osório, dentre outros.

VIDA SOCIAL INTENSA
Sempre havia programações ao longo do ano e as famílias já marcavam no calendário as datas de realização.
Nos carnavais, diferentemente dos eventos de hoje, as fantasias das rainhas sempre procuravam imitar personagens históricos como a rainha Cleópatra, dentre outros.
Recorda Teresinha Bier, que na realidade o carnaval começava na noite de 31 de dezembro, logo após a meia noite, quando acontecia o Grito de Carnaval, iniciando-se então os preparativos para o Reinado de Momo.

“ASSALTO”
Aconteciam também os chamados “assaltos” que era quando os foliões visitavam determinada família, que os recebia com fartas mesas de doces, salgados e bebidas. Geralmente quem ia ser “assaltado” era avisado com antecedência, mas havia aqueles que eram colhidos de surpresa. Mas no final, todos iam para o clube, cuja sede era na Avenida Borges de Medeiros, onde antigamente funcionava o cinema e depois, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A música era com a tradicional banda do Roseno, que era integrada por patrulhenses e que agitavam os foliões até ao amanhecer.
Porém, houve também bailes de gala com orquestras famosas. E pelos salões do Clube Patrulhense passaram nomes conhecidos da época com suas famílias.

AS PISCINAS
Mas se chegou a um momento em que se pensou em criar um departamento de piscinas.
Era uma novidade e facilitava até mesmo, quem não podia ir para a praia em função do dia a dia.
Assim, as piscinas, uma para adultos e outra para crianças, sempre eram muito frequentadas. Os sócios recebiam uma carteirinha que os credenciava para utilizá-las.
Mas, aos poucos, os eventos foram rareando até que o departamento de piscinas foi desativado.
Hoje, saudosos de outrora como dona Teresinha de Jesus Bemfica Bier, relembram com nostalgia os bons momentos que, ou ficaram imortalizados pelas fotos em preto e branco da época, ou nas recordações de quem viveu aqueles acontecimentos, repassando-os aos seus descendentes, ou então perenizados nas páginas de uma das edições do “Raízes dos Municípios Originários de Santo Antônio da Patrulha”, sabiamente originado da entusiasta pela preservação da nossa cultura, Vera Lúcia Maciel Barroso e sua irmã Ana Clara Maciel.
O Clube atualmente é presidido pelo casal Sérgio e Deniza Tedesco Schmitt.

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