A presença de quatro mulheres que estariam circulando em Santo Antônio, vendendo números de rifas suspeitas, foi detectada pela Brigada Militar.
Uma guarnição daquela corporação foi despachada pelo COPOM, para averiguar a denúncia de que mulheres estariam vendendo rifa. Os veículos por elas utilizados, estavam parados na ERS-474, devido à obras em execução no local.
As suspeitas foram abordadas naquela rodovia pela BM, pouco antes da rótula com a ERS-030, tendo alegado aos policiais que estavam vendendo uma rifa em benefício de uma criança que tem a doença Epidermólise Bolhosa Simples, doença rara e grave que provoca bolhas e feridas na pele.
As abordadas já possuem ocorrências de estelionato utilizando o mesmo expediente, com fotos da criança e laudos falsos. Consultando o sistema, os PMs descobriram que elas já haviam sido presas anteriormente pela Polícia Rodoviária Federal aplicando o mesmo golpe.
Todas estavam de posse de rifas e do dinheiro da venda. Os policiais militares, cujo trabalho foi elogiado pelo delegado Valdernei Tonete, apreenderam $1.250,00 reais em dinheiro, cópia de laudo médico, fotos da criança e talões de rifa.
POLÍCIA JUDICIÁRIA
O delegado Tonete, falando para a FOLHA PATRULHENSE disse que as suspeitas estavam praticando estelionato, pois arrecadavam expressivas somas em dinheiro utilizando a boa fé dos moradores. Elas exibiam, inclusive, fotos da criança doente que teriam sido repassadas pelo pai, que recebia cerca de 200 reais. Calcula o delegado que elas estavam arrecadando o correspondente a três mil reais por dia. Tonete alerta para que a população não caia mais nesse golpe, lembrando que cada município tem a sua Assistência Social e que o SUS dá atendimento também à esse tipo de doença.
As quatro, que receberam voz de prisão da Brigada, foram autuadas pelo delegado Tonete por estelionato e formação de quadrilha, tendo sido encaminhadas ao sistema prisional.
Um dos municípios em que elas praticaram esse tipo de crime, foi Pantano Grande, onde uma delas já havia sido presa.