Em alusão à data comemorativa, o Lar Geriátrico Três Figueiras promoveu um almoço na quinta-feira (11/8)
Priscila Milán
Aqui no Sul, a tradição de muitas famílias no Dia dos Pais é reunir o pessoal para um bom churrasco. Casa cheia, alegria, brincadeiras, presentes e muita conversa são alguns dos ingredientes que tornam a data especial e, no futuro, se transformam em belas recordações. Resgatar lembranças desse tipo de comemoração foi a proposta do Lar Geriátrico Três Figueiras, de Gravataí, com a confraternização realizada na última quinta-feira (11/8). Segundo a administradora do residencial, Rubia Santos Lima, dos 34 idosos atendidos, 10 são pais. Além disso, entre as hóspedes, várias mulheres desempenharam também esse papel, cuidando sozinhas dos filhos. Homenageá-los foi a ideia da equipe ao promover um almoço festivo, antecipando a celebração de domingo, quando muitos receberão visitas ou sairão para passar a ocasião com os parentes.
Para que os idosos relembrassem momentos especiais ao lado dos filhos, o residencial organizou o churrasco, convidando os pais do grupo a prepararem a refeição. Osvandir Pimentel foi um dos mais animados com a atividade. Colocou o avental de churrasqueiro e logo demonstrou que entendia do assunto! Bem-humorado, o habilidoso assador, que é carinhosamente chamado de “patrão” por causa das décadas de participação em centros de tradições gaúchas, conta que sempre gostou muito das reuniões familiares. “A gente passava junto, depois é que acabamos nos esparramando”, comentou ao explicar que atualmente os grandes encontros são mais escassos. O pai de Diego, Andréa, Clarindo e Gerson (in memoriam) destaca que sempre se preocupou em transmitir bons ensinamentos às crianças. “Eu dizia para meus filhos: tem que respeitar os pais porque futuramente vocês vão aprender a dar valor para os velhinhos”, relata o tradicionalista, que se dedicou por muitos anos ao Laço da Amizade e também frequentou o Aldeia dos Anjos.
Carlos José Forneck, que tem quatro filhos, foi outro participante da confraternização. A programação o fez lembrar dos almoços com a família. Na casa dele, o churrasco também era tradicional nas datas comemorativas. Boas recordações de Dia dos Pais dão força e ajudam Beno Corrêa a lidar com a saudade. Ele teve dois filhos, Luiz André e Rafael, ambos já falecidos. Revela que conviveu mais com Rafael, filho que teve no segundo casamento, com Maiara Dambrós, hoje uma grande amiga. A relação com o caçula era de muita amizade e companheirismo. E típico da paternidade incluía alguns “sacrifícios”. O tesoureiro, que vive no Três Figueiras há quase um ano, aponta que não gosta muito de praia, mas todo ano ia ao litoral porque o filho adorava e vê-lo feliz fazia valer a pena a viagem.
O residencial geriátrico costuma desenvolver projetos semelhantes em todas as festividades. O próximo evento para socialização do grupo será a Semana Farroupilha.
