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As Cavalhadas, comemoração portuguesa sobre a vitória dos cristãos sobre os muçulmanos

Em 711 depois da era cristã, os Mouros ou infiéis iniciaram a invasão militar sobre a Península Ibérica, entrando no Norte da África pela Espanha, pelo Estreito de Gibraltar, onde fica a cidade de Granada. Nos sete anos seguintes, eles avançaram para a Europa e controlaram a maioria da península.
Estes povos Islâmicos do Norte da África, são a porção do continente que se localiza acima do deserto do Saara, marcada pela predominância de povos brancos, de origem caucasiana, e pela hegemonia do islamismo, que corresponde hoje ao Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia, Sudão, Saara ocidental e Egito.
Invasão da Europa
A invasão da Península Ibérica ocorreu durante a expansão do Império Islâmico, por volta do ano de 711. Sob o comando de Tarik ibn-Zyiad, as tropas mouras obrigaram os visigodos que habitavam o local a se refugiarem no norte da Península, na região montanhosa das Astúrias. As condições geográficas facilitavam a defesa dos visigodos na região, possibilitando ainda investidas contra as possessões mouras que eram constituídas.
Processo de Reconquista
A Reconquista começou com Batalha de Cavadonga, quando o rei Pelayo, dos visigodos, derrotou o exército muçulmano. No entanto, os cristãos e os mouros lutariam constantemente durante os próximos setecentos anos.
A última parte da Reconquista foi considerada uma guerra santa semelhante à das Cruzadas, de modo que várias ordens militares da igreja, como a Ordem de Santiago e a dos Cavaleiros Templários, lutaram na Reconquista.
Retomada de Granada
Depois de anos de luta, o rei Fernando de Aragão e a rainha Isabel de Castela, na Espanha, se casaram em 1469. Eles então uniram suas forças e reconquistaram Granada em 1492, terminando assim a Reconquista.
Batalha de Marraquexe durante a Guerra de Reconquista
A “Reconquista Ibérica” ou “Retomada Cristã” foi um processo histórico, militar e religioso no qual os reinos cristãos retomaram os territórios da Península Ibérica que haviam sido tomados pelos muçulmanos. O processo ocorreu aproximadamente entre os anos 718 e 1492, com a conquista do reino de Granada.
O processo histórico conhecido como Guerra de Reconquista consistiu na retomada dos territórios conquistados pelos Mouros (berberes que professavam a religião muçulmana) na Península Ibérica. Apesar de boa parte dos historiadores considerarem a reconquista restrita ao século XV, é possível afirmar que ela se compôs de uma série de batalhas ocorridas entre os séculos VIII e XV.
Portugal consolida a sua reconquista em 1147 e passa a ser reconhecido como Estado-Nação.
Pois bem, a derrota dos Mouros e sua conversão ou cristianismo, considerados infiéis, porque eram muçulmanos, teve grandes comemorações em toda a península, principalmente na Espanha e Portugal.
Pergunta: Como “As Cavalhadas” que são uma festividade simbólica da expulsão dos muçulmanos pelos católicos, chegou a Santo Antônio da Patrulha?
Resposta: Ela veio com a colonização Portuguesa, pois os quase 800 anos de domínio militar muçulmano e do povo ter enfrentado tantas guerras e humilhações, ficou arraigado em sua cultura. Esta cultura veio com o povo Português, mas não vieram só as “cavalhadas” mas outros costumes também, como o folclore, a culinária, a música e as danças que tanto marcaram a nossa cultura.
Da mesma forma, o domínio árabe não foi somente nefasto em toda a península, também deixaram cultura, técnicas de construção civil, construção de templos e catedrais, pontes, aquedutos, canais de distribuição de água, agricultura e culinária. Construíram grandes catedrais com técnicas de construção árabe. Os melhores doces do mundo são considerados árabes. Um exemplo disso são a grande variedade dos excelentes doces espanhóis. Também a Fena Doce de Pelotas, onde os doces são provenientes da colonização Portuguesa na região.

O Baile das Cavalhadas ou da Retomada

Dia 10 de setembro passado, a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes do município promoveu Janta baile, sob o comando do Vereador e Secretário Sérgio Alexandre Airoldi, conhecido como Canário, com o propósito de reativar as Cavalhadas em nosso município, pois já faziam dez anos que essa festividade não era realizada.
A realização do Baile que poderíamos chamar de “O Baile das Cavalhadas ou da Retomada”, comemora a luta da retomada da Península Ibérica pelos Cristãos com a derrota dos Mouros da cidade de Granada em 1492.
Parabéns a todos que participaram dessa iniciativa, por reativar importante comemoração do nosso folclore patrulhense e diga-se de passagem, foi um sucesso de público, da qualidade da janta (Paella) e da música apresentada, a cargo da Banda Entre Nós.

Engº Agrônomo José Gallego Tronchoni

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