A professora da FURG Alini Mariot, a respeito do I Seminário sobre Inclusão da Diversidade assim se manifestou em entrevista à FOLHA PATRULHENSE: “O evento foi lindo demais de uma emoção imensa, principalmente no momento que falamos das pessoas que contribuíram para esta história e que não estavam mais presentes neste plano (a morte de um docente que foi meu orientador de mestrado e que tinha iniciado o projeto com a gente). O evento superou todas minhas expectativas”.
O SURGIMENTO
O Projeto INCLUSÃO DA DIVERSIDADE, nasceu com um propósito de ir ao encontro do tema inclusão da diversidade onde o principal fato é mostra que a diversidade faz parte da condição humana. “Todos/todas nós somos únicos, com nossos valores, costumes, formas de se expressar com nosso próprio DNA, são inúmeras características que nos fazem diversos. Sendo que a diversidade está relacionada além da valorização da singularidade de todas as pessoas, promover recursos para que tenham acesso e oportunidades equitativas e que sejam verdadeiramente incluídas ao meio no qual estão inseridas, se sentir incluído é se sentir bem, se sentir feliz.
No momento que compreendemos esta pluralidade humana, valorizamos as singularidades e pensamos em recursos para que todas as pessoas possam ter oportunidades, ter consciência de que a nossa sociedade é desigual e da necessidade de pensar em amenizar ou pelo menos equilibrar as injustiças sociais!”
A uma pergunta se o tema tem encontrado repercussão na comunidade, Alini afirma que vem encontrando espaços para a causa e vem cada vez mais encontrando pessoas que querem mais inclusão e respeito. “Estou feliz com os resultados positivos, apoios de nossos gestores e legisladores”.
SUPERAÇÃO
A professora tem um belo conceito a respeito de exemplos de superação, quando se manifestou sobre o assunto: “O ser humano é algo lindo demais, ele se supera diariamente e muda diariamente. “Em nosso evento tivemos um estudante surdo da área da Química e nossa atleta Mônica que nos mostraram o quanto podemos ir além, quando de fato temos inclusão e necessitamos buscar nosso espaço diariamente e ajudar outros a construir seus espaços também. Vivemos em construção diária”.
FALTAM POLÍTICAS PÚBLICAS
Mas há necessidade de apoio, quando a professora afirma: ” Ainda sentimos falta de políticas públicas, para conversar sobre inclusão, para aproveitar a potencialidade destas pessoas incluídas e não sinto que nossa cidade seja preconceituosa. Eu sinto que necessitamos aproveitar mais as pessoas diversas, aproveitar as coisas que eles sabem de melhor e aprender com elas, mas para isso precisamos conhecer suas histórias e construir este processo de inclusão, pois ainda é recente”.
E frisa a Mestra: “No momento que não aceitamos que pessoas pensem diferente, têm ideias diferentes e podem construir caminhos diferentes do que pensamos, isto mostra o preconceito. Sinto que precisamos ouvir mais os diferentes.
Pois vejo que muitas vezes somos resistentes em mudanças e muitas vezes, devemos nos policiar para não reproduzir o preconceito em forma de não aceitar a diferença do próximo”
INCLUSÃO DA DIVERSIDADE
A professora Alini Mariot disse que na apresentação do Projeto aos presentes ao evento, foi produzido um curta documentário que debate o tema inclusão da diversidade. “Produzimos livros que têm o objetivo de ser material de apoio para nossos professores e interessados em aprender mais sobre o tema.
Apoiamos a pesquisa, inúmeros alunos tiveram apoio em suas pesquisas científicas, principalmente mulheres marginalizadas e comunidade LGBTQIA+, sendo que através dessas pesquisas surgiu um coletivo de mulheres cientistas, que apoiam e incentivam meninas a entrarem na ciência. São inúmeras ações que são baseadas em políticas de ações afirmativas que incluem, dialogam socialmente e incentivam”, concluiu a professora Alini Mariott que promoveu o importante seminário realizado na Câmara de Vereadores de Santo Antônio da Patrulha.