No sábado (17), aconteceu a tão esperada paella campeira, adaptada bem ao estilo do gaúcho.
Preparada em cinco tachos, a iguaria foi cozinhada em duas horas na Fenacan.
Três tachos foram instalados em uma das entradas do ginásio Caetano Tedesco a exemplo do ano passado e os outros dois, no recinto da Fenacan.
Desde cedo centenas de pessoas formaram fila na entrada do parque para ter direito a iguaria de forma gratuita acrescido após a pessoa ter consumido o seu pote com a paella, com um inigualável arroz de leite.
Muitas mãos trabalharam nesse sentido, com as de Dirceu Machado, José Gallego Tronchoni (este, nascido na Espanha), do gerente da Emater, do chefe do escritório do IRGA e de outros funcionários, além de um grupo de mulheres dedicadas à preparação da sobremesa, não faltando a Rainha do Arroz Manoela Nunes dos Santos, das soberanas da Festa Iasmin Silva e Taís Pereira que encantaram a todos com sua beleza e simplicidade.
A RECEITA
Ensinam os organizadores da paella campeira, que ela é preparada com os seguintes ingredientes: carnes de gado, porco e frango, ervilha, alho, vagem, cenoura, alho, tomate, cebola, açafrão (para dar o gosto e o colorido especial para a iguaria) e arroz.
Preparada para servir 1.200 pessoas, duas horas depois do começo do preparo ela já estava pronta, com um cheirinho irresistível.
Servidas em marmitas plásticas descartáveis, em pouco tempo todos estavam servidos. E sobrou paella!
A ORIGEM
Ensina o professor e coordenador do curso de Gastronomia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau de Recife, campus Graças, Daniel Dantas, que a receita original da Paella nasceu na região de Valência, na Espanha, nos séculos XV e XVI, e era produzida por camponeses da região. Na época, eles saiam para trabalhar e levavam alimentos como arroz, sal e óleo de oliva e, para cozinhar os ingredientes, usavam uma panela rasa e redonda apelidada de “paella”. Nessa época, o prato era servido com carne de caça, como lebre e coelho, além de vagem e ervilhas. O principal tempero utilizado na época e que faz toda a diferença no preparo atual é o açafrão. A receita foi sofrendo modificações e atualmente é famosa por unir arroz, temperos e frutos do mar em um sabor único que faz sucesso e agrada muitos paladares.
A PANELA
Segundo o coordenador, o formato da panela para preparação da refeição faz toda a diferença. “O uso dessa panela é proposital porque facilita o cozimento dos ingredientes. E por ser rasa, facilita distribuir os alimentos igualmente”, conta.
UMA BOA PAELLA
Ainda de acordo com Daniel, para o preparo da receita, é sugerido utilizar o arroz espanhol (tradicional). “Uma outra opção é o parboilizado ou de grão médio. Eles são melhores porque absorvem o líquido e conseguem se manter soltinhos. Outra dica bem importante é não ficar mexendo e nem misturando a paella enquanto ela cozinha. Muitas pessoas podem não saber, mas a camada marrom e crocante que se forma no fundo da panela é muito valorizada e faz diferença no sabor”, ensina.
A TRADICIONAL
Para preparar uma boa paella é necessário investir em ingredientes como lula em anéis, camarão sem casca, mexilhão, vinho branco, arroz, pimentão vermelho e amarelo, açafrão, suco de um limão, azeite de oliva, páprica picante, tomate e ervilha. “É um prato muito saboroso e que faz sucesso no Brasil e em outros lugares do mundo, apesar de ser típico da Espanha”, finaliza. Estas informações estão no site UNINASSAU.