A já lendária Noiva da Lagoa, foi assunto de reportagem especial da Folha Patrulhense há alguns anos.
O crime aconteceu em 1.940, completando-se agora 85 anos daquela trágica ocorrência em que, após matar a jovem de 17 anos por quem se dizia apaixonado, mas não sendo correspondido, terminou por amarrar tijolos em seus pés, jogando o corpo na Lagoa dos Barros com o intuito de ocultar o crime da Polícia.
No entanto, após intensas investigações na época e da grande cobertura da Imprensa, por ser um homicídio de características ainda pouco conhecidas no Estado, o corpo terminou sendo resgatado das águas.
Agora, passadas oito décadas e meia, a reportagem foi encontrar sua cunhada, dona Ingrid, nascida exatamente no ano da morte de Maria Luiza, e que continuou dominando o imaginário popular, surgindo lendas de que, em determinadas ocasiões, ela aparece à noite, vestida de branco junto à rodovia, assustando motoristas que por ali trafegam.
A presença de dona Ingrid, uma simpática senhora de 85 anos e com muito conhecimento do que soube ainda quando criança sobre Maria Luiza, foi muito importante, sendo solicitada para fotos e doando um acervo de material que pertencera à sua falecida cunhada e que foi transformado em exposição no Museu Antropológico Caldas Júnior.
A iniciativa do presidente Rafael Barcella, trazendo a cunhada da noiva da Lagoa à Santo Antônio, foi elogiada pelos presentes, por perenizar, através da doação, objetos e escritos pessoais em alemão pela jovem assassinada e que também se revelava naquele tempo, como uma ótima desenhista, podendo ter sido uma ótima artista, não fosse a morte prematura e cruel pelas mãos de um homem que não aceitava um “não” às suas intenções.
Como disse dona Ingrid na entrevista, muitos fatos citados em reportagens e em documentários são verdadeiros, porém outros, não.
Um deles é de que a jovem teria morrido virgem, resistindo às investidas de quem se considerava seu amigo.
- Sto Antônio, Sto Antônio – Geral