Quando no sábado, em Santa Maria, foi anunciado que a Invernada Mirim do CTG Patrulha do Rio Grande havia se tornado Campeã Estadual da Força A, o ginásio, onde o evento aconteceu, irrompeu em aplausos e vibração de crianças que protagonizaram o feito, patronagem, pais e o público presente, misturando alegria com lágrimas de emoção.
Todo o trabalho dos instrutores Marcione e Ana Paula Silveira, com a coordenação de Elizandra e Mayana Fraga Gomes, foi coroado de êxito total.
Os pequenos peões e prendas se abraçavam e choravam de muita emoção. Foi um momento inesquecível e aquele grito de vitória estava preso nas gargantas desde que ficou decidido que o Patrulha participaria da FESTMIRIM.
E na noite de segunda-feira (09), as ruas da cidade foram sacudidas pela vibração na carreata da vitória.
A comunidade também comemora este grande feito que consagra, cada vez mais, a Patrulha como um grande CTG.
PATROA DO PATRULHA VIBRA COM A GRANDE CONQUISTA
Mayana Fraga Gomes, Patroa do CTG Patrulha do Rio Grande ainda vibra com a comemoração. E ela foi entrevistada pela FOLHA PATRULHENSE.
FOLHA PATRULHENSE: O que representou para ti, na condição de patroa do Patrulha, esta conquista extraordinária no FestMirim em Santa Maria?
MAYANA FRAGA GOMES: O título de 1º lugar do FestMirim para o CTG Patrulha do Rio Grande é uma conquista inédita, fruto do trabalho incansável de muitos anos de dedicação de muitas Patronagens e Coordenações, já tínhamos o 2º lugar e nos dois últimos anos o 3ª lugar.
Esse ano traçamos muitas estratégias a fim de trazer esse tão sonhado e merecido primeiro lugar, e na condição de Patroa, mas principalmente de Coordenadora da Invernada Mirim junto com a Elisandra, pais e dançarinos focamos nesse objetivo e fizemos uma força tarefa de trabalho técnico, físico, emocional e motivacional contando com uma série de profissionais de várias áreas, e a dedicação incansável de nossos instrutores Marcione e Aninha. A base desse grupo mirim já está junta desde o retorno pós-pandemia em 2022, o que deu a eles o entrosamento e maturidade que proporcionaram esse resultado.
FOLHA: Como foi o desempenho do grupo?
MAYANA: O processo de preparação foi intenso, como disse, foi um ano de muito trabalho, ensaios, trabalhos de interpretação, desenvolvimento emocional e motivacional. Ficamos os 3 dias em Santa Maria em concentração total, e como fomos sorteados como o primeiro grupo a dançar fizemos ensaios às 7:30 da manhã aos finais de semana para que o grupo estivesse preparado para as condições que nos foram apresentadas. Considerando toda essa preparação, o desempenho foi digno de campeões, encantamos os avaliadores com uma energia muito grande o que nos fez chegar em primeiro lugar nas notas da classificatória para o domingo, e termos uma avaliação ainda melhor no domingo.
FOLHA: A coreografia foi sobre o tema das Cavalhadas?
MAYANA: A temática das cavalhadas surgiu há exatos 12 meses, após uma reunião com instrutores, coordenação e nosso musical. Hoje são Patrimônio Cultural de nossa cidade, e entendemos ser muito importante mostrar ao Estado essa tradição. Contamos com a ajuda da equipe do Museu Caldas Júnior e da Dona Ana Zenaide Gomes Ourique, que é autora e grande conhecedora do tema. Parte dos figurinos utilizados, curiosamente, foram restaurados, pois foram usados pelo Grupo Juvenil campeão do Juvenart em 2011, isso já nos fez sentir uma vibração diferente na escolha da temática.
FOLHA: Como foi a apresentação?
MAYANA: Esse ano o FestMirim foi a maior edição de todos os tempos, dividido em Força A e B. Na força A, onde concorremos, 39 grupos dançaram no sábado, e dentre esses, 20 classificados para o domingo para a final. As nossas apresentações foram intensas, alegres, e tecnicamente de alto nível, temos um grupo focado, e com uma interpretação e harmonia dignos dos grandes grupos do Estado, sendo merecido esse tão esperado título de melhor grupo mirim do Estado.
FOLHA: E como foi a vibração de todos quando foi anunciado o resultado final?
MAYANA: A vibração do momento do resultado final foi uma das coisas mais intensas que vivemos nas nossas vidas, além da nossa torcida que estava presente e também de todos os que acompanhavam a transmissão ao vivo, todos os demais CTGs presentes no local, antes de anunciarem nosso nome levantaram as mãos em nossa direção em sinal de saudação e merecimento ao resultado, isso pode ser visto na transmissão e prova que o tradicionalismo é mais que troféu, é reconhecimento do trabalho que todos passam para estar ali entre os melhores do Estado, e quando um trabalho se destaca é reconhecido e aplaudido.
FOLHA: Baseado nesta grande vitória, quais os próximos compromissos do Patrulha?
MAYANA: Nosso trabalho é sempre uma continuidade, nunca para, temos 5 grupos de danças e muitos do grupo mirim estão indo para a Juvenil no próximo ano, assim como os que estão na pré-mirim passam para a mirim. Temos Coordenadores muito dedicados, e estamos sempre em busca de novos talentos. Hoje temos projetos também de preparação para as categorias individuais de chula, intérprete vocal, declamação, danças de salão. Esse ano tivemos representantes na declamação a Cecilia Menezes, que ficou em 19º lugar entre 99 prendas e a dupla Alisson e Manu nas danças de salão, e esses ganharam o primeiro lugar da categoria no FestMirim, então podemos dizer que não nos baseamos apenas nos resultados e sim no trabalho constante de desenvolvimentos dos grupos e individuais.
FOLHA: Outras considerações.
MAYANA: Por fim, gostaria de destacar que o CTG está de portas abertas para receber novos dançarinos, a partir dos 5 anos na escolinha, nos grupos pré-mirim, mirim, juvenil, adulto e veterano. O CTG é um ambiente acolhedor, familiar, que ensina valores como respeito, união, e principalmente disciplina para chegar nos objetivos. Proporciona momentos de cultura e oportunidade de conhecer cidades por todo o Estado e fora dele. Tragam seus filhos para o CTG!
