Um grupo da localidade de Monjolo está realizando, como tantos outros, um belo trabalho de apoio às pessoas que ficaram praticamente sem nada nas inundações que ainda persistem pelo Rio Grande do Sul.
Denominado Mãos de Amor, ele tem na liderança Elislaine Cristina Machado, que conversou com a FOLHA PATRULHENSE a respeito do que está sendo feito no salão comunitário daquela localidade.
Tudo começou no dia quatro de maio quando um grupo de voluntários se deslocou para dar o necessário apoio aos desabrigados em Rolante, Três Coroas e Igrejinha e para poderem passar o dia, levaram lanches. Mas – como conta Mana, como Elislaine é mais conhecida – ao chegarem nesses locais, foram surpreendidos com pessoas vindo pedir comida, que era uma necessidade básica naquele momento.
Na Missa celebrada naquele sábado na igreja da localidade, havia sido feito anteriormente um pedido para que fiéis levassem um prato já pronto. E deu certo! A maioria colaborou.
E num piscar de olhos, a decisão foi tomada. Conseguindo espaço no salão comunitário da igreja de Monjolo e empréstimos de forno industrial e fornos domésticos, doações em PIX e de alimentos básicos para a produção de lanches rápidos e que tenham maior durabilidade. As mulheres, inicialmente em grupos de 15 a 20, voluntariamente colocaram as mãos na massa e passaram a produzir pães sovados, broas de milho e de maizena, cuecas viradas e demais produtos coloniais que são embalados e transportados para os locais necessitados. Depois de Rolante, Igrejinha e Três Coroas terem superado os momentos críticos, o mesmo grupo da Igreja Católica de Igrejinha se prontificou a levar os produtos para Canoas e Eldorado.
O projeto continua e hoje são cerca de sete a dez mulheres que todas as tardes se reúnem no salão para produzir os lanches porque este momento, como afirma Elislaine, é aquele em que as pessoas mais necessitam de alimentos. Por isso, se são enviadas marmitas para almoço e janta, elas anexam um lanche para o café da tarde e na janta, um para o café da manhã seguinte.
As voluntárias não são sempre as mesmas, mas vão mulheres de Monjolo, Evaristo, Pinheiros, Conquista e localidades próximas.
“Por ser um trabalho voluntário, isso nos trás muita satisfação e os elogios que recebemos nos gratificam muito”, afirma Mana entusiasmada com o trabalho voluntário que está sendo realizado.
O grupo hoje se sente feliz e realizado e Mana agradece emocionada todo o apoio que tem recebido. E avisa: “Não vamos parar, porque há muitos precisando de alimentação e o Mãos de Amor vai continuar levando nestas doações, o Amor que é tão importante nesta hora em que a maioria perdeu tudo, mas continua com a esperança e a fé de que o recomeço é muito importante para dar continuidade à vida.”

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