Há dez anos atrás, ele disse para a mana Maria Aparecida que iria comprar cigarros. Passaram-se as horas e nada do Amauri chegar em casa. A família morava na época em Campinas (São Paulo).
A família começou a se preocupar. Indagou vizinhos, pessoal que o conhecia mais de perto se não teriam visto Amauri.
E da preocupação passou-se à angústia.
Passaram-se os dias, os meses, os anos, mas a esperança de reencontrá-lo sempre esteve viva na família.
Até que um dia surgiu uma informação de que ele poderia estar no Sul.
De tanto rodar pelo mundo, ele, que no Abrigo Nova Vida era conhecido como Alex, teve a alegria de rever os familiares que deixou há tantos anos.
“A gente nunca desistiu de procurá-lo”, conta Maria Aparecida ao repórter Claudinir Müller da Web TV SAP, que foi ao Abrigo Social Nova Vida, localizado na cidade baixa para documentar o reencontro.
Foi um momento de muita emoção para todos. Até mesmo para os profissionais que foram fazer a cobertura, como a RBS TV.
No Abrigo Nova Vida, Amauri realmente reencontrou o mais importante que durante uma década não mais tinha consigo: o amor e o carinho de pessoas dedicadas que moveram céus e terra para devolvê-lo à sua família que veio de São Paulo para dizer-lhe que o amor continua presente e de que, mais do que um abraço, trouxeram-lhe o aconchego e o carinho, levando-o de volta ao lar de onde nunca deveria ter saído. E onde teve a acolhida, o aconchego e o carinho do Marcos Pacheco e toda a sua dedicada equipe de atendentes.