Após o ciclone que atingiu principalmente as cidades de Santo Antônio da Patrulha e Caraá na última quinta-feira (15), o que tem causado grande preocupação são as doenças que ganham força com inundações. Leptospirose, hepatite A, cólera e tétano acidental são algumas das enfermidades que estão no radar de equipes de saúde.
- Em desastres que envolvem enchentes, as pessoas acometidas são expostas à água suja, que traz contaminação, principalmente quando vão limpar as casas, explica Marcelo Vallandro, diretor-adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
A leptospirose é uma das doenças que mais preocupa. Ela é causada por uma bactéria presente na urina de roedores (rato). Situações de chuva acima do normal fazem com que rios, córregos e rede de esgoto transbordem. A água, então, é contaminada em tocas de roedores e, por fim, chega contaminada às residências.
O contato com a pele, as mucosas ou a ingestão de alimentos, líquidos e medicamentos contaminados transmitem a leptospirose para humanos. Os sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, vômito, diarreia e tosse.
Para evitar a contaminação, já que não há vacina, é necessário o uso de luvas, botas para evitar o contato com a água.