Enquanto pequenos produtores como Ildefonso Martins Rost, que tem propriedade em Rincão do Capim amarga perda completa de plantações de milho e de melancia, na área arrozeira o problema não está sendo sentido, mas preocupa lavoureiros que estão optando pelo plantio da soja, porque na atualidade muitos produtores que tinham como base principal em suas lavouras o plantio de arroz, começam a preferir o plantio de soja.
De acordo com levantamento feito pela Defesa Civil, Emater e IRGA, também a lavoura de melancia foi atingida pela seca e pelo sol escaldante.
Hoje, quinta-feira à tarde, estarão reunidos o secretário municipal da Agricultura Cassius Peixoto, IRGA, EMATER, Defesa Civil, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural, CORSAN e secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social para avaliar a atual situação.
RELATÓRIO
No relatório que Miguel Evair, coordenador da Defesa Civil elaborou, aquele agricultor plantou duas lavouras de milho uma de aproximadamente 16 hectares situados próximos a sua residência onde foi constatado que o milho ali plantado não teve o crescimento esperado. Foi observado que a altura em geral deles está em torno de um metro. Já na outra lavoura com aproximadamente 21 (vinte e um) hectares, que fica a uns cinco quilômetros da residência, estava um pouco mais alta em torno de um metro e dez centímetros. Possivelmente pela geografia do terreno este pequeno crescimento, no geral entre as duas lavouras foi constatado que o não crescimento dos pés de milho, eram para estarem com uma altura em torno de um metro e noventa ou mais.
CHUVAS INSUFICIENTES
Este fato – prossegue o relatório – se deu pela má distribuição de chuvas na região, porque mesmo chovendo não foi o suficiente para garantir o crescimento da referida lavoura e quando houve as chuvas, logo em seguida, as altas temperaturas que estão ocorrendo no estado não inferior a 30ºC contribuíram para o não crescimento dos mesmos. O período de máxima exigência hídrica é na fase do embonecamento ou um pouco depois dele. Por isso, déficits de água que ocorrem nesse período são os que provocam maiores reduções de produtividade.
MILHO
As espigas de milho, não ultrapassam a 10 (dez) centímetros e muitas estão mal distribuídas, sendo que possivelmente não sirvam para que o agricultor possa fazer o comércio da mesma.
Talvez o mesmo consiga aproveitar a lavoura fazendo ração, mas devido a situação da lavoura quase toda estar seca, a mesma não trará um bom resultado para a criação.
Também uma lavoura de melancia em aproximadamente dois hectares e que se destinava à merenda escolar teve perda total.
RIBEIRÃO DO MEIO
Na localidade de Ribeirão do Meio a EMATER e a Defesa Civil constataram perdas nas lavouras de cana. Segundo Evair há perdas também no pasto o que deverá comprometer a alimentação dos animais.
ÁGUA
Mesmo com a falta de chuvas, ainda não existe risco de desabastecimento. A informação é do gerente local da CORSAN.
No entanto, Gabriel Lorenci continua apelando para que a população economize água, porque se a situação continuar do jeito em que está, algum risco pode haver.
O nível da água, que é monitorado diariamente, continua praticamente normal.
Pessoas lavando carros, tomando banho com mangueira continuam sendo gestos comuns na cidade.
Se todos colaborarem economizando, com certeza o risco de desabastecimento continuará afastado.