Contrariando pesquisas eleitorais que apontavam até uma possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai haver segundo turno na disputa presidencial. O petista enfrenta o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no próximo dia 30 de outubro. “Então, é o seguinte: a partir de amanhã [hoje] tem campanha. Que me desculpem os jornalistas, vocês vão ter que trabalhar um pouco mais. Que me desculpem os nossos companheiros, partidos aliados. Nós vamos ter que viajar mais, vamos ter que fazer mais ato público, mais comício, mais debate. Vamos ter que conversar mais com as pessoas e vamos ter que convencer a sociedade brasileira daquilo que nós estamos propondo”, afirmou Lula após a confirmação do segundo turno.
Ao comentar o resultado das eleições, em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, o presidente Bolsonaro criticou os institutos de pesquisas eleitorais e afirmou que as pesquisas influenciam nos resultados porque parte do eleitorado vota no candidato com mais intenções para que não seja necessário um 2º turno. Também criticou a impresa e creditou o resultado das urnas ao impacto da inflação na popularidade do governo. “Temos um segundo turno pela frente onde tudo passa a ser igual, o tempo [de propaganda] para cada lado passa a ser igual. E vamos agora mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que é consequência da política do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’, de uma guerra lá fora, de uma crise ideológica também”, disse.
A apuração
Com o fechamento das urnas, às 17h, e o início da divulgação dos números apurados, Bolsonaro liderou a contagem com certa vantagem. Em seu ponto máximo, a diferença chegou a cerca de 1,5 milhões de votos. Aos poucos, a desigualdade de votos foi sendo reduzida. Às 20h03, com 70% das urnas apuradas, Lula passou à frente do atual presidente com pouco mais de 190.300 votos e a distância entre os dois candidatos só aumentou. Com a apuração concluída, Lula registrou 48,43% dos votos válidos (57.259.504 votos) e Bolsonaro 43,20% (51.072.345 votos). Uma diferença de 6.187.159 votos.
No RS: Onyx conquista maioria dos votos e enfrenta Leite na disputa pelo Piratini
Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) disputam o segundo turno para o governo gaúcho. Pesquisas apontavam vantagem de Leite no pleito, mas o que ocorreu na eleição deste domingo não foi detectado pelos institutos de pesquisas. Desde o início da apuração, Onyx liderava com vantagem, que foi crescendo a cada atualização feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Leite e Edegar Pretto (PT) disputaram voto a voto o segundo lugar. Às 22h13 minutos, com a totalização dos votos no Estado e com uma diferença de apenas 2.441 votos, o nome de Eduardo Leite foi confirmado na disputa ao Piratini no segundo turno. Onyx Lorenzoni recebeu 2.382.026 votos (37,50%) e Eduardo Leite contabilizou 1.702.815 votos (26,81%).
Mourão conquista vaga para o Senado
O atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PL), foi eleito senador pelo RS com 44,11% dos votos dos gaúchos (2.593.294 votos). Em segundo lugar na disputa, Olívio Dutra (PT) obteve 2.225.458 de votos (37,85%) e a jornalista Ana Amélia conquistou 16,44% da preferência do eleitorado do RS (966.450 votos). Após a confirmação da vitória, Mourão agradeceu o “povo do Rio Grande”, bem como apoiadores e disse: “Quero deixar muito claro que a direita não é um agrupamento de trogloditas e retrógrados. Muito pelo contrário. A direita entende que o Estado precisa de desenvolvimento econômico, mais educação, saúde e segurança pública. Um Estado que tenha menos intervenção na vida dos cidadãos”.
Deputados federais eleitos
Ten. Coronel Zucco (Republicanos)
Marcel Van Hattem (Novo)
Paulo Pimenta (PT)
Fernanda Melchionna (Psol)
Giovani Cherini (PL)
Maria Do Rosário (PT)
Mauricio Marcon (Pode)
Bohn Gass (PT)
Marcon (PT)
Alceu Moreira (MDB)
Lucas Redecker (PSDB)
Any Ortiz (Cidadania)
Pedro Westphalen (PP)
Covatti Filho (PP)
Afonso Hamm (PP)
Osmar Terra (MDB)
Carlos Gomes (Republicanos)
Pompeo De Mattos (PDT)
Marcio Biolchi (MDB)
Danrlei De Deus Goleiro (PSD)
Alexandre Lindenmeyer (PT)
Daiana Santos (Pc do B)
Sanderson (PL)
Marlon Santos (PL)
Marcelo Moraes (PL)
Heitor Schuch (PSB)
Daniel Trzeciak (PSDB)
Afonso Motta (PDT)
Busato (União)
Denise Pessôa (PT)
Franciane Bayer (Republicanos)
Deputados estaduais eleitos
Gustavo Victorino (Republicanos)
Luciana Genro (PSol)
Rodrigo Lorenzoni (PL)
Silvana Covatti (PP)
Matheus Gomes (PSol)
Sergio Peres (Republicanos)
Valdeci Oliveira (PT)
Pepe Vargas (PT)
Ernani Polo (PP)
Costella (MDB)
Adão Pretto (PT)
Kelly Moraes (PL)
Dirceu Franciscon (União)
Jeferson Fernandes (PT)
Delegado Zucco (Republicanos)
Paparico Bacchi (PL)
Guilherme Pasin (PP)
Mainardi (PT)
Bruna Rodrigues (Pc do B)
Eduardo Loureiro (PDT)
Beto Fantinel (MDB)
Professor Bonatto (PSDB)
Patricia Alba (MDB)
Vilmar Zanchin (MDB)
Leonel Radde (PT)
Zé Nunes (PT)
Delegada Nadine (PSDB)
Felipe Camozzato (Novo)
Joel De Igrejinha (PP)
Sofia Cavedon (PT)
Stela Farias (PT)
Miguel Rossetto (PT)
Luciano Silveira (MDB)
Laura Sito (PT)
Frederico Antunes (PP)
Elton Weber (PSB)
Eliana Bayer (Republicanos)
Edivilson Brum (MDB)
Professor Claudio (Pode)
Gaúcho Da Geral (PSD)
Neri O Carteiro (PSDB)
Elizandro Sabino (PTB)
Pedro Pereira (PSDB)
Marcus Vinícius (PP)
Classmann (União)
Capitão Martim (Republicanos)
Adriana Lara (PL)
Santini (Pode)
Adolfo Brito (PP)
Dr Thiago (União)
Luiz Marenco (PDT)
Gerson Burmann (PDT)
Kaká D’ávila (PSDB)
Claudio Tatsch (PL)
Sossella (PDT)