Neste domingo (19/10), a comunidade de Evaristo estará comemorando um de seus eventos mais tradicionais: a Festa da Banana.
Chegando à sua 33ª edição, o importante acontecimento surgido há mais de 30 anos, populariza uma das culturas mais importantes daquela localidade e que tem sido um dos seus sustentáculos econômicos, presença marcante na mesa do brasileiro.
PROGRAMAÇÃO
A festa começa às 10 horas com a abertura oficial, estando presentes autoridades, escolas e os agricultores homenageados.
Logo após, às 10h30min será celebrada Missa em louvor aos agricultores e visitantes.
O almoço será, como sempre, com um bom churrasco de gado, linguiça, galeto, saladas e cucas de banana.
Após, baile com o Musical JM e depois, Musical RC.
São festeiros este ano: Luis Fernando Martins e Karolaine Boregon Vieira, Fábio Micael de Andrade e Sabrina Beatriz Ribeiro, Edomar Bartikoski de Fraga e Glaci Terezinha de Fraga, Gilmar Mrás e Enilda Neto Macedo, Ivan Gomes dos Santos e Osmarina dos Santos, Marcelo Gaúcho (vice-prefeito) e Fabiana Dada Barros.
Eles, juntamente com a comissão organizadora e Festa Municipal da Banana da comunidade de São João Batista de Evaristo, juntamente com o pároco Padre Luciano Motti e o vigário Pe. Luis Carlos da Rosa (Caio), convidam a todos para prestigiarem este grande evento.
HISTÓRIA
No interior do município, a localidade de Evaristo guarda um dos capítulos mais marcantes da presença polonesa em Santo Antônio da Patrulha. Foi ali que muitas famílias de imigrantes vindos da Europa se estabeleceram no final do século XIX, transformando o solo fértil em sustento e cultura viva.
Os primeiros poloneses chegaram à região em busca de um pedaço de terra onde pudessem reconstruir a vida. Encontraram em Evaristo um lugar de vales e encostas propício para a agricultura familiar, e, com esforço, ergueram casas, igrejas e comunidades que ainda hoje preservam traços das origens europeias.
Entre as famílias que ajudaram a formar a localidade, destacam-se sobrenomes como Iaronka, Lassakoski, Tomacheski, Bartikoski entre outros que se espalharam por gerações. Cada uma delas contribuiu com trabalho e fé para o desenvolvimento de Evaristo e arredores, mantendo vivo o legado polonês.
Um dos símbolos dessa herança é a produção de banana, cultura que se tornou marca registrada da comunidade. O cultivo, que se adaptou muito bem ao clima e ao relevo da região, é hoje uma das principais fontes de renda das famílias locais. Muitas propriedades mantêm plantações que passam de pais para filhos, unindo tradição e modernização no campo.
Além da agricultura, a religiosidade também segue forte entre os descendentes de poloneses. Festas de padroeiros, missas comunitárias e encontros de famílias reforçam o vínculo com a fé católica e com os valores transmitidos pelos antepassados.
Para os moradores, a força do trabalho e a união da comunidade são os maiores legados deixados pelos imigrantes. “Nossos avós chegaram aqui com quase nada, e foi com muito esforço que construíram tudo isso. É um orgulho continuar o que eles começaram”, conta um agricultor da localidade.
Mais de um século depois, Evaristo continua sendo um retrato fiel da influência polonesa em Santo Antônio da Patrulha — uma comunidade que preserva suas raízes, cultiva a terra e mantém viva a história de um povo que fez do trabalho seu maior patrimônio.
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