Piloto de aviação agrícola, tendo a esposa como companheira inseparável nos seus voos, Gelson Fernandes está tentando retomar as suas atividades depois que a fatalidade se abateu sobre sua família com a morte da Sayonara.
“Era minha companheira de todas as horas. Gostava muito de voar. Íamos seguidamente a passeio, porque ela adorava voar”, afirma emocionado.
Quem primeiro se infectou, pelo que ele tem lembrança, foi o próprio Gelson. Depois atingiu a família e só o filho não positivou. Todos fizeram o teste.
E a situação piorou a tal ponto que ambos foram hospitalizados. Ficaram quatro dias internados no Hospital Santo Antônio da Santa Casa e dois dias na UTI do hospital de Sapucaia.
“Mas aí não tinha mais o que fazer. Só rezar”, afirma Gelson numa voz que exprime muita saudade da esposa, amiga e companheira de 40 anos.
“As pessoas não devem levar isso na brincadeira, pensando que com elas isso não irá acontecer. Cada um sente o vírus de maneira diferente. Mas depois que se agrava, infelizmente não há mais nada o que fazer”.
Por isso – recomenda Gelson – cuidados, higiene e prevenção é o que todos devem ter.
Ainda está se recuperando, mas acredita que o pior com ele já passou.
Fica a saudade imensa e o grande vazio na família unida que sempre foi e continuará sendo.
O VOO DA SAUDADE
No domingo (14), Gelson voou pela primeira vez, doze dias depois que sua amada partiu num voo rumo à Eternidade.
Gelson postou em sua conta no Facebook, que aquela era a maneira de ele homenagear sua co-piloto, como ele sempre a chamava.
“Hoje fazem 12 dias sem minha COPILOTO, minha companheira de aventuras… voei para homenagear esta que sempre esteve ao meu lado, me apoiando e me incentivando em todos os momentos. Não estava na cabine junto comigo, mas voando ao meu lado, me protegendo e cuidando dos meus. Agradeço de coração todas as orações e mensagens de apoio nesse momento difícil. Vai ficando menos difícil. Nunca será mais fácil!.”
- Sto Antônio, Sto Antônio – Educação
