Esposa do primeiro paciente com alta da UTI fala sobre drama vivido pela família

Debilitado, especialmente porque não consegue ainda falar direito por ter sido submetido a um longo tempo na intubação, Uilson Machado da Silva, um homem de 40 anos e o primeiro paciente a ter alta da UTI para Covid-19 no Hospital Santo Antônio da Patrulha, pediu que a esposa conversasse com a reportagem.

GRATIDÃO
Débora, 28 anos casada com Uilson tem uma palavra para definir o momento da superação da doença que quase levou seu marido: gratidão à Deus, aos médicos, enfermeiros, enfermeiras e a todos quantos no hospital estiveram junto com ambos no longo caminho até chegar à alta que o devolveria ao seio da família.
Débora afirma que sempre teve esperança e fé em Deus e que as orações de todos foram muito importantes para que Uilson sobrevivesse a esse verdadeiro drama.
Débora calcula que não ficou mais do que dois dias fora do hospital. Sempre esteve ao lado do marido, acompanhando o tratamento.
Ela conta que o esposo não teve qualquer alteração neurológica, tanto, que quando chegava perto do seu leito, indagava se ele a estava reconhecendo, recebendo como resposta um leve aceno de cabeça.

O COMEÇO
Tudo começou no dia 28 de fevereiro quando a família, que é natural de Gravataí, mas que há doze anos mora na localidade de Chicolomã com três filhos, um dos quais, já casado. Débora que diz já ser patrulhense de coração e que Morro Grande a conquistou pela solidariedade de sua gente, recorda perfeitamente que um amigo fora visitá-los, mas não sabia que havia sido infectado. Ao fazer o exame, vendo que estava positivo para o Covid-19, imediatamente telefonou para a família pedindo que ficassem vigilantes.

PROVIDÊNCIAS IMEDIATAS
E de fato, o que eles temiam, aconteceu: Uilson começou a apresentar leves dores no corpo e em seguida foi ao médico, dr. Edson Castro, que lhe receitou medicamentos. Porém, mesmo com todas as precauções tomadas, a doença avançou e ele teve que ficar hospitalizado, sendo imediatamente entubado.
Débora relata que durante o período em que o esposo esteve internado, a família recebia visitas de um psicólogo, que recomendava principalmente muita fé e esperança em Deus.

SÓ ELOGIOS AO HOSPITAL
Quanto ao tratamento obtido no hospital, ela e o marido afirmam que todos merecem nota dez. Débora disse que só tem agradecimentos a todos, incluindo médicos, enfermagem e demais colaboradores daquela Casa de Saúde.
“Eu mesma queria ajudar os médicos e enfermeiros, porque via o cansaço estampado em seus rostos”, relembra ela para acrescentar que todos foram muito bem cuidados. “Eu mesma sempre estive cuidando dele no hospital”, acrescenta.

EM CASA
Em casa, a solidariedade dos amigos a emocionou. Houve até mesmo quem se dispusesse a ajudar financeiramente, mas Débora disse que isso, graças a Deus, não foi necessário.
Agora todos estão unidos pelo restabelecimento de Uilson, que aos poucos, irá se restabelecendo e quanto obtiver a cura completa, ele poderá continuar sendo aquela pessoa, bom marido, bom chefe de família e amigo dos amigos para dizer que este vírus não é uma gripezinha. Como Débora afirma, “a gente só acredita quando acontece com alguém da família. É preciso muita fé, esperança e rezar muito. E que Deus ilumine cada vez mais os médicos e enfermagem para que todos possam deixar o hospital para retornar aos seus lares”.

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