Um documento pleiteando a nomeação dos aprovados no concurso público realizado em 2013 e a manutenção dos postos da Polícia Rodoviária Federal no Estado será encaminhado aos órgãos responsáveis pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembléia Legislativa. O assunto foi tema de audiência pública, realizada na manhã desta quinta-feira (7), para discutir a política de fechamento de unidades e de redução do efetivo da PRF no estado. O fechamento do posto de Gravataí, na Free-Way, já estava previsto desde dezembro passado.
O superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Jerry Adriane Dias Rodrigues, negou a existência de uma política de fechamento de postos. O que há, segundo ele, é um novo contexto que leva em consideração a distância entre uma unidade e outra, evitando vazios e a concentração de postos numa mesma região. Além disso, a política em curso prioriza a fiscalização de pontos críticos e incorpora novos instrumentos de trabalho, como o videomonitoramento.
Rodrigues admitiu, no entanto, a falta de servidores em decorrência de aposentadorias. Hoje, o Rio Grande do Sul conta com 40 unidades e 731 policiais rodoviários federais. O efetivo chegou a ser integrado por mais de 800 servidores em 2007.
Aumento da malha viária
O presidente do Sindicato Estadual dos Policiais Rodoviários Federais, Deolindo Paulo Carniel, lembrou que o estado já contou com 46 postos da PRF antes do aumento de sua malha viária federal a partir da federalização de estradas e da construção da BR-448. “Aumentaram a malha, fecharam postos e reduziram o efetivo”, criticou.
Carniel defendeu a realização imediata do curso de formação para os 766 aprovados no concurso público de 2013 e ainda não chamados pelo governo. “O prazo já está apertado para fazer o curso, que tem duração de quatro meses, antes do fim da validade do concurso, que é maio de 2016”, frisou.
Já o representante da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais William Thomas revelou que a Polícia Rodoviária Federal tem cerca de três mil cargos vagos. Ele defendeu também a alteração da Portaria 40/2013, que cria os critérios para a distribuição do efetivo. “Se isso acontecer, a Região da Fronteira corre o risco de ficar sem policiais”, alertou.