Mais de 900 animais são apreendidos em situação de maus-tratos em aviário

Na manhã de sexta-feira, 16, uma ação coordenada pelo Departamento de Bem-Estar Animal, da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMMA), recuperou mais de 900 animais que viviam em uma situação de maus-tratos em um aviário. Além dos que foram recuperados, também foram encontrados animais mortos. Além disso, os profissionais se depararam com um ambiente precário, úmido, sem iluminação e animais com a saúde comprometida. Nada disso, no entanto, impedia que os mesmos fossem comercializados.

Entre os recuperados, havia aves, porcos, coelhos e um cabrito. Todos foram enviados para o Canil Municipal para serem avaliados por um médico veterinário. Impressionado com a situação do local, o veterinário Marco Pereira, da Vigilância em Saúde (Viemsa), que acompanhou a operação, descreveu como inacreditável o ambiente insalubre, com animais subnutridos e alguns até mortos, e descreveu como, péssimas, as condições de higiene do espaço.

A FMMA mantém, além de todo o trabalho burocrático de licenciamentos, uma atividade permanente de combate aos maus-tratos a animais, que é considerado crime, conforme o decreto nacional 6.514/2008, que prevê, para a prática de ato de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, multa de 500 a 3 mil reais. O diretor do Departamento de Proteção aos Animais, Rafael Evaldt, lembrou que apreensões como esta irão se tornar rotina no departamento. “É muito revoltante ver animais empilhados, vivendo em situação de extrema precariedade, sem comida, água ou luz solar”, lamentou Rafael.

A vereadora Márcia Becker, ativista da causa animal, também auxiliou no recolhimento dos animais. Diante do cenário, Márcia reforçou que as pessoas precisam aprender que maltratar os animais, de qualquer espécie, é um crime e que quem comete essa crueldade deve pagar por isso. A protetora lembrou, ainda, que essa era uma luta de anos, descrevendo a cena como o fim de um ritual de tortura às aves e aos demais animais.
A ação, que contou com o apoio da Guarda Municipal, a partir do seu grupamento ambiental, dos fiscais da SMDET e dos fiscais da Viemsa, durou cerca de cinco horas. O proprietário do estabelecimento não estava no local e não compareceu durante toda a operação. O comércio já havia sido autuado e estava atuando de maneira irregular.

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