Secretaria quer nomeação de 570 profissionais do último concurso
A menos de uma semana do começo do ano letivo na rede estadual, na terça-feira, 24, o Estado ainda não consegue ter fechado o quadro de professores das escolas gaúchas. O Cpers/sindicato estima que faltem 10 mil profissionais nas escolas, somando os que devem ser nomeados e mais os pouco mais de 7 mil que se aposentaram no ano passado. Mas para a Secretaria de Educação o número não passa de mil, já que para o lugar desses aposentados houve diferentes nomeações ao longo de 2014. Agora a intenção do titular da pasta, Vieira da Cunha, é nomear 570 professores. Em áreas em que não houver banco de aprovados poderão ser chamados profissionais por meio de contratos temporários.
O número exato do déficit de professores ainda é desconhecido porque as matrículas nas centrais ainda vão até o dia 26, justamente a data de largada das atividades escolares para os estudantes – os dias 24 e 25 serão dedicados a reuniões de professores e diretores. Ajustes nas matrículas ainda continuam depois disso, mas somente nas escolas.
CIÊNCIAS EXATAS – Quando o ano letivo iniciar a principal ausência deverá ser de professores da área da ciências exatas, nas disciplinas de física, química e matemática, e de línguas estrangeiras. A presidente do Cpers, Helenir Oliveira, explica que não há mais profissionais que ministram esses conteúdos aprovados no último concurso e à espera de nomeações. O dado é confirmado pela Secretaria da Educação.
A Secretaria já lançou edital abrindo inscrições, até o dia 10 deste mês, para cadastro temporário de contratações emergenciais. E, havendo necessidade, irá chamar professores deste banco, que ainda terá validade por dois ou três anos.
A presidente do Cpers aguarda uma manifestação da secretaria para até o final desta semana, para então discutir o assunto em reunião ampliada do conselho do Cpers na segunda-feira, 22.
Na rede particular, que reúne em torno de 600 mil alunos no RS, as aulas já começaram ontem ou se iniciam na segunda-feira para a maior parte das escolas. O calendário sugerido pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul prevê a data de início do calendário nesta quarta-feira, estendendo-se até 18 de dezembro, mas cada instituição de ensino tem autonomia para decidir as datas, desde que sejam cumpridos 200 dias letivos. O presidente da entidade, Bruno Eizerik, comenta que as instituições, desde a Educação Básica ao ensino superior, preparam-se desde dezembro para essa retomada, que em muitos estabelecimentos é precedida de jornadas pedagógicas.
Texto: Thamy Spencer