por Caroline Weigel
Na tarde de terça-feira, 13, na Secretaria da Fazenda, ocorreu uma reunião entre a Fazenda e representantes da Associação Comercial Cachoeirinha (ACC) e do Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC) para debater o alto reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
“O que se quer é que tenha um delimitador do reajuste da Planta, provisoriamente para esse ano, e que no próximo ano haja um estudo técnico mais aprofundado”, explica César Augusto Diehl Vieira, diretor da CIC. Segundo ele, a comissão fez uma ata e encaminhou à Procuradoria Geral do Município para que as sugestões sejam analisadas. “A própria prefeitura reconhece que o reajuste ficou até acima do mercado”, sustenta.
De acordo com a ACC, diversos comerciantes de Cachoeirinha procuraram a entidade para saber o porquê do aumento do valor. No dia 23 de dezembro, o órgão se reunião para debater o assunto, após uma reunião com o prefeito, e o tema se mantém nas reuniões semanais da Diretoria Executiva.
No dia 8 de janeiro, a ACC participou de uma reunião com o grupo de trabalho para revisão da planta de valores genéricos na Secretaria da Fazenda. Foi proposto que se o aumento é irreversível, que se faça de maneira menos impactante, um reajuste de no máximo 100% e que, caso ultrapasse esse valor, que seja reajustado dentro dos próximos cinco anos.
A CIC também se mobiliza desde o final do ano passado em função das reclamações recebidas pelos associados. De acordo com a entidade, há inúmeros exemplos de aumentos muito acima da inflação dos últimos 10 anos, inclusive, aumentos que chegam a mais de 800% em relação ao ano anterior.
Reclamações dos moradores
Além das reclamações dos comerciantes, mostramos, em reportagem veiculada no Correio de Cachoeirinha no dia 8 de janeiro, os moradores de Cachoeirinha que também sofreram com os aumentos abusivos.
“Não acho justo aumentarem mais de 300% o valor do IPTU em apenas um ano. A justificativa que deram na Prefeitura é que os imóveis em Cachoeirinha estão valorizados. O problema é que a Prefeitura deixa a desejar na parte da saúde e infraestrutura da cidade. Tanto o posto de saúde do bairro Betânia, onde moro, quanto o hospital Padre Jeremias, não possuem calçadas em seu entorno”, cita Rafael Aires Lang, 37 anos, que teve o valor do IPTU triplicado.